Então, Mudei Minha Cadeira De Rodas Com O Meu Cérebro 1

Então, Mudei Minha Cadeira De Rodas Com O Meu Cérebro

O jornalista de ‘Crônica’ prova exclusivamente uma cadeira com inteligência artificial construída por cientistas galegos. O primeiro ensaio com portadores de deficiência será feita no mês e meio no superior hospital de Galiza. Quando Laura, a jovem engenheira que me vigia, acababou de ajustar a coroa em minha cabeça, me veio à memória a primeira vez que semearam meu peito de ventosas e cabos para poder medir os batimentos de meu coração.

Ainda era uma menina e, como tal fantaseaba com que aquele monte de fios elétricos sujeitos a minha pele iam me deixar frito de um estágio pra outro. O tempo correu rapidamente excessivo e o que prontamente tenho posto acima é uma espécie de faixa preta da qual saem quatrorze eletrodos que, como lapas, irão colados ao meu crânio. “Relaxe e concentre-se”. Não é simples realizar a ordem que uma e outra vez me repete Laura. E mesmo quando, por minha quota, tento preservar a calma, noto que o meu coração vai subindo de pressionamentos de teclas. O estímulo que enfrento não é para menos.

Terei que mover a cadeira, de aparência normal, somente com minha mente. E ela me leva para cada sítio. Não, esta não é uma cena de cada vídeo de ficção. Também o ensaio de um desses espetáculos de charlatães tv. Isso é Ciência (com letra maiúscula) e eu o porquinho-da-Índia, que tem prestado voluntário.

Estamos no hangar de testes de Handytronic, no porão de um edifício revestido com espelhos em tons de verde, sem janelas, nos arredores de lisboa. Dentro De portas o impossível não existe por aqui. “Não perca a concentração, imagine e relaxe”, voltou a narrar-me Tiago Penide, o diretor da empresa no ramo da tecnologia, que faz porção do grupo Telecon Galiza.

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Tiago me observa de pé a poucos metros de distância, como irrequietos. Eu, com a cabeça neste instante semeada de eletrodos, permaneço imóvel sobre a cadeira, cético. Por um instante, procuro me colocar no local de um deficiente, e entendo o que ele sentiria nesta espécie de prisão com rodas em que estou sentado.

Um formigamento anormal cruza todo o meu corpo. Começamos -anuncia com entusiasmo a engenheira Laura. É sexta-feira 13, o relógio marca as 12.37 e lá fora a escarpa e os ventos, que dias antes entraram na Costa da Morte deixaram apenas dez graus de temperatura e um céu cor de chumbo. O silêncio pela pista de testes da Handytronic (50 metros de comprimento por dez de largura) faz com que a expectativa seja ainda superior.